Adeus
(Leticia Machado)
(Leticia Machado)
No mar, joguei as flores ainda vivas
ali havia escuridão a eterna inexistência de um amor
que já não tinha mais consciência.
Foram tantas mentiras,
tantos beijos falsos,
tantas noites de amor, sem amor.
Tivemos a sorte de uma paciência infinita
de um amor imenso,
de uma história de amor.
E só jogamos fora,
no mar, naquela noite,
eu senti a dor consumindo
as lágrimas ainda caindo
e a história se repetindo mais uma vez.
Era tudo tão escuro, tão sincero
e naquela existência de espírito de solidão
eu ouvi a voz vir lá do fundo..
Ela pronunciava calmamente o meu nome, e dizia que eu teria de ter calma, que tudo iria ficar bem.
Naquela hora
o desespero era encantador diante das estrelhas
e da bela canção que as ondas do mar, produziam.
Eu sentia que meu coração já não era mais o mesmo.
Se fosse tão fácil, aceitar belas coisas,
eu teria aceitado, mas não foi assim.
Lá eu disse adeus a tudo o que eu tinha planejado,
a todos os meus sonhos, a todos os meus pensamentos,
e ao único amor que eu tive de verdade,
eu pude ser tão fraca, tão impaciente, que a ficção se tornou realidade.
Eu dei adeus, a tudo e a todos, por que nada mais me prendia neste mundo.
Eu estava ali, esperando a hora certa.
E foi quando ela chegou, as ondas violentas batiam, a tempestade já era vista, a madrugada era cruel.
E foi lá que eu pude mergulhar na imensidão.
0 comentários:
Postar um comentário