Adeus

Posted by Leticia Machado On segunda-feira, 6 de dezembro de 2010 0 comentários

Adeus 
(Leticia Machado)

No mar, joguei as flores ainda vivas
ali havia escuridão a eterna inexistência de um amor
que já não tinha mais consciência.

Foram tantas mentiras,
tantos beijos falsos,
tantas noites de amor, sem amor.

Tivemos a sorte de uma paciência infinita
de um amor imenso,
de uma história de amor.

E só jogamos fora,
no mar, naquela noite,
eu senti a dor consumindo
as lágrimas ainda caindo
e a história se repetindo mais uma vez.

Era tudo tão escuro, tão sincero
e naquela existência de espírito de solidão
eu ouvi a voz vir lá do fundo..
Ela pronunciava calmamente o meu nome, e dizia que eu teria de ter calma, que tudo iria ficar bem.

Naquela hora
o desespero era encantador diante das estrelhas
e da bela canção que as ondas do mar, produziam.
Eu sentia que meu coração já não era mais o mesmo.

Se fosse tão fácil, aceitar belas coisas,
eu teria aceitado, mas não foi assim.
Lá eu disse adeus a tudo o que eu tinha planejado,
a todos os meus sonhos, a todos os meus pensamentos,
e ao único amor que eu tive de verdade,
eu pude ser tão fraca, tão impaciente, que a ficção se tornou realidade.
Eu dei adeus, a tudo e a todos, por que nada mais me prendia neste mundo.

Eu estava ali, esperando a hora certa.
E foi quando ela chegou, as ondas violentas batiam, a tempestade já era vista, a madrugada era cruel.
E foi lá que eu pude mergulhar  na imensidão.

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